Criatividade.
Nunca a palavra esteve tão em evidência no mundo corporativo. E por mais que você queira fugir, seu consultório é uma corporação e está sendo regida por leis do mercado.
Quando fiz MBA em 2010 pouco se falava nela. Mas no últimos congressos virou quase uma palavra de ordem. Precisamos ser criativos! Para você entender o propósito desse post, primeiramente, vou definir criatividade:
Atividade de combinar conhecimentos diversos adquiridos ao longo de sua vida, no intuito de resolver um problema.
A ideia desse post é mostrar o quanto é importante e possível você ser criativo no consultório. Basta você mudar um pouco seu foco de conhecimento para áreas diferentes. E estimular a “combinatividade” em sua vida.
Por isso, gostaria de chamar atenção para duas palavras nessa definição: conhecimentos e problema. Entenda-as como as partes mais importantes do processo de criatividade.
Quando fiz o curso do Murilo Gun (Reaprendizagem Criativa) comecei a entender que essa capacidade de encontrarmos soluções a problemas só aumenta a medida que nosso repertório de conhecimentos amplifica. A gente pratica isso todo dia e nem percebe. O famoso jeitinho brasileiro traz um pouco de criatividade para resolver problemas. Não que eu apoie… Mas, é. Quando falta uma espátula de resina para aquele procedimento, abortamos a missão? Ou procuramos outro instrumental semelhante? Já vi gente usar até cureta de Gracey para restaurar e o resultado foi ótimo. Mas, isso só aconteceu porque havia um repertório antes.
Porém, esses conhecimentos devem ser variados e de outras área se não aquelas que utilizamos no dia-a-dia. Ou seja, se nos limitarmos a Odontologia, teremos apenas soluções técnicas e pouco criativas aos nossos problemas. E talvez só uma. Um dos exercícios que proponho a você, leitor, é comprar (e ler toda) uma revista de um ramo diferente do nosso. Quando fiz esse exercício, comprei uma sobre Orquídeas. Já na primeira página com conteúdo me deparei com o processo de criação em massa dessas flores. Acredite: 3 parágrafos foram suficientes para ter uma nova forma de tocar alguns processos na minha clínica de radiologia! Que louco!
Por isso, fica a dica: esqueça por instantes a cabeça, o pescoço e os dentes, aumente seu repertório de ideias diferentes e encontre soluções alternativas para velhos problemas em seu consultório.